sábado, 14 de março de 2009


“ Poemas da Natureza”
A Natureza e as suas Vozes

A música das palavras abre as portas da poesia. Estes poemas cantam o palpitar da Natureza. Inicia-se uma viagem ao ritmo do vento, do bater do coração da Terra. Gritos de gaivotas transportam-nos nas suas asas… Campos da cor de limão, ervas trazem o calor do Verão, ovelhas pastam e grãos de trigo estremecem embalados por cânticos suaves de raparigas.
E o rio também canta, bêbado da luz da manhã.
O coração em silêncio descansa numa pedra à espera do próximo voo.
Nas asas de águias a vida acorda, lá onde os dias são sempre belos e a noite é breve. Lá onde as rochas e as praias se unem. Espuma e vento, gemido e voz. Céu e Terra. Silêncio e luar. Palavra e música. Criação. Poema.
As palavras voam nestas folhas, nestes “Poemas da Natureza” e os nossos dias têm o sabor a pólen.
Gostaria que o tempo parasse para poder adormecer neste mundo mágico, nestes “Poemas da Natureza”, sentada na margem do rio onde um pássaro me matasse esta sede imensa do belo, do puro. Terra e Mar, Vento e Sol, Trigo e Papoilas, Poema e Amor.


Manuela Matos











“ Poemas com Animais”


Estes “Poemas com Animais” abrem-nos as portas para a grande festa que é a poesia.
A gaivota traz a promessa de distâncias irreais e no seu riso há mundos insondáveis. O poeta jura que um dia abre a janela e vai viajar com ela. O cágado tem uma infinita calma nos seus movimentos ancestrais. Os galgos são mansos e parecem lírios.
As vozes dos animais são cantos matinais que se estendem pelos campos de papoilas e acordam em nós o desejo de viajar, partir. Partir, viajar nas asas da poesia, num mundo de sílabas, vogais e consoantes sonoras, um fascínio azul.
As vozes dos animais cantam o código da Terra. Só elas sabem a sílaba proibida e o que dizem está antes das vogais, soltam versos inquietos, cantam a noite e a manhã.

Manuela Matos

















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