quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Poesia

Fruição Estética

Cada um de nós tem uma história para contar: a sua própria história.
Que personagens fazem parte dessa história? Que papéis desempenham? Em que palco se desenrola a história? Que máscaras pomos?
De um reino longínquo, lá, no inconsciente, começa uma viagem, a nossa.

A leitura de poesia e a escrita criativa contribuem positivamente para o desenvolvimento do gosto de ler/escrever. O domínio da palavra (e da palavra poética) contribui para a estruturação do pensamento e o conhecimento do real.
A língua poética é a voz da memória colectiva e comunica, dando forma a mitos, crenças, sabedoria e sonhos.
A linguagem poética faz a ponte entre o imaginário e o real, dada a sua carga imaginativa e simbólica.
No encontro com a poesia, podemos levar os alunos a escrever. Através do que os próprios “sabem e podem escrever”, podemos levá-los ao encontro com a poesia.
Numa verdadeira aula de poesia ou de escrita criativa, todas as barreiras que impedem o aluno de exprimir toda a sua criatividade, os seus sentimentos, emoções têm de ser derrubadas.
Neste encontro com a palavra, o aluno inicia uma viagem que o conduzirá a si próprio, num processo de construção/desconstrução, não só da linguagem, mas também do seu imaginário.
Sons, ritmos, imagem, grafismo, imaginação libertam o imaginário e uma verdadeira luta começa…
Libertar a palavra, o mundo antes e para além da escrita, exige um esforço do professor que deve instaurar na sala de aula um clima capaz de estimular a imaginação.
Sentir o que se lê, saber ver e ouvir, amar a vida, viajar pelo imaginário, ser autêntico, criativo, eis algumas das chaves da escrita criativa, da poesia, da aprendizagem.
Libertar o verdadeiro sentido de nós próprios, através de sonoridades, imagens, em que as palavras têm sabores e perfumes, numa fruição estética, este é o caminho da poesia e da escrita criativa…

Manuela Matos
(04.02.2010)

Sem comentários: